O aumento na arrecadação previdenciária das micro e pequenas empresas cadastradas no Simples Nacional e a estabilidade no pagamento de contribuições pelas empresas brasileiras foram os principais pontos destacados, na última segunda-feira (20), pelo secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência, Helmut Schwarzer, durante a divulgação de dados do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), referentes ao mês de março.

O secretário explicou que a arrecadação líquida registrada em março, de R$ 14,2 bilhões, é a maior da trajetória histórica. O crescimento foi 10,6% em comparação com o mesmo mês do ano passado.

Por outro lado, ele explicou que o crescimento das despesas da Previdência, de R$ 17,3 bilhões, foi devido a fatores como o aumento do salário mínimo e o reajuste dos benefícios previdenciários acima do piso. Schwarzer citou ainda o aumento nos pagamentos de sentenças judiciais – de cerca R$ 500 milhões, 16,5% a mais que no mesmo período do ano passado – como outro valor que ajudou a impactar as contas da Previdência Social no mês de março.

Segundo o secretário, estes fatores externos que acabaram inflando a necessidade de financiamento da Previdência Social não deverão acontecer nos próximos meses. Na sua avaliação, a expectativa para os próximos meses é de crescimento da arrecadação, embora acredite ser em patamares inferiores aos do ano passado devido à crise econômica mundial. “Os sinais são positivos, a curva está ascendente e devemos ter uma trajetória suave”, ressaltou.

Com relação ao crescimento na concessão de benefícios, o secretário apontou três fatores como causa: o comportamento sazonal da população de ingressar com pedidos de concessão de benefícios após o período de férias; o mês de março ter mais dias úteis se comparado com fevereiro; e ainda a tendência de muitos segurados de ingressarem com pedidos de aposentadoria após a divulgação do reajuste do salário mínimo.

Por outro lado, o secretário destacou a importância da Previdência Social para a economia brasileira. “Os benefícios previdenciários ajudam no combate aos efeitos da crise econômica e mantêm o consumo das famílias”, observou. Ele ainda citou a estabilidade na geração de empregos como outro fator que pode contribuir para a expectativa futura da arrecadação previdenciária.  (AgPrev)