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Análise mercado externo e interno

Jusprev
22 de fevereiro de 2011

MERCADO EXTERNO

ÁSIA: Os mercados de ações da Ásia encerraram a sessão desta terça-feira em baixa, repercutindo o noticiário ruim do início desta semana. A bolsa de Tóquio caiu 1,78%, Seul, 1,76%, Hong Kong, 2,11%, e o mercado de Xangai desabou 2,62%. O agravamento dos conflitos na Líbia e o deslocamento de navio de guerra do Irã no Canal de Suez aumentaram a aversão ao risco dos investidores. Vale ressaltar que a Líbia é produtora de petróleo e a paralisação do fornecimento já pressiona os preços no mercado internacional, o que deve contribuir para a deterioração do quadro inflacionário. Adicionalmente, a agência de classificação de risco Moody’s manteve o rating da dívida do Japão em Aa2, mas alterou a perspectiva de estável para negativa.

EUROPA: As principais praças da Europa não apresentam direção uniforme na sessão desta terça-feira. Enquanto as bolsas de Londres e Paris recuam 0,7% e 1,2%, respectivamente, o mercado de Frankfurt registra alta de 0,1%. O foco de atenção do mercado permanece centrado nos conflitos do norte da África, notadamente na Líbia, e no Oriente Médio. O preço do petróleo brent segue em alta e já é cotado próximo de US$ 107 em Londres. O euro e as demais commodities operam em baixa. Entre os poucos indicadores divulgados nesta manhã, destaque para o avanço da confiança do consumidor da Alemanha medido pela GFK, que atingiu o maior patamar desde o final de 2007.

EUA: As bolsas de valores de Wall Street não operaram ontem por conta do feriado do Dia do Presidente. Também não houve divulgação de indicadores relevantes. Na manhã desta terça-feira os índices futuros operam em queda, repercutindo o aumento das tensões na Líbia. O Dow Jones recua 0,7% e o S&P-500 cede 1,2%. Os seguintes indicadores de atividade econômica serão divulgados hoje: 11hs – Preços de casas S&P Case Shiller (prev. -0,5% em dezembro); 12hs – Confiança do consumidor (prev. 65,0 pontos em fevereiro); 12hs – Índice de manufatura do Fed de Richmond (prev. 18 pontos em fevereiro).

MERCADO INTERNO

JUROS: As taxas dos principais contratos negociados no mercado de juros futuros encerraram a sessão de ontem em alta. O DI jan/12 subiu de 12,38% para 12,42% aa, o DI jan/13 passou de 12,69% para 12,75% aa e o vencimento jan/14 fechou a segunda-feira negociado a 12,72%, ante 12,63% aa do fechamento da semana passada. Apesar da aprovação do novo valor do salário-mínimo no Senado ser dada como certa, permanecem as dúvidas sobre a capacidade do governo cortar os R$ 50 bilhões prometidos do Orçamento de 2011, além das persistentes preocupações com o quadro inflacionário. A pesquisa semanal Focus divulgada ontem voltou a apresentar aumento das projeções dos agentes para o IPCA de 2011, que passou de 5,75% para 5,79%. Na manhã desta terça-feira foi divulgado o IPCA-15 do mês de fevereiro, que registrou alta de 0,97%, em linha com as projeções do mercado, porém acima do 0,76% apresentado em janeiro.

CÂMBIO: O dólar registrou alta na sessão de ontem, em sessão marcada por baixo volume de negócios. As tensões políticas no norte da África e no Oriente Médio provocou um aumento da aversão ao risco. A taxa comercial da moeda norte-americana encerrou a segunda-feira negociada a R$ 1,668 nas operações de venda, uma valorização de 0,24% em relação ao fechamento da véspera. O Banco Central não realizou leilões de compra de dólares no mercado à vista, mas voltou a fazer operações a termo. Foram duas compras nesta modalidade com vencimentos para os dias 09 e 16 de março.

BOLSA DE VALORES: Sem a referência do mercado de ações dos EUA, fechado por conta do feriado do Dia do Presidente, ontem as atenções do mercado voltaram-se às tensões políticas do Norte da África e do Oriente Médio e a bolsa de valores registrou perdas. O Ibovespa recuou 1,19% e fechou o pregão da segunda-feira aos 67.259 pontos. O volume negociado foi de R$ 6,6 bilhões. Houve vencimento dos contratos de opções de ações. Os papéis da Petrobrás escaparam das ordens de venda e encerraram a sessão de ontem com tímidas altas, favorecidos pela disparada do preço do petróleo no mercado externo. Já os papéis da Vale, do setor siderúrgico e do setor aéreo apresentaram fortes perdas. Vale PNA caiu 2,1%. Gol PN e TAM PN desabaram 3,7% e 3,1%, respectivamente.

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