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É preciso semear um futuro melhor

Jusprev
19 de janeiro de 2009

Reportamos em seguida, artigo do Presidente da ABRAPP, José de Souza Mendonça, publicado na edição de janeiro da revista Investidor Institucional, com destaque para o crescimento dos planos instituídos: “Conduzido pelos ventos da economia, 2009 quase que certamente será um ano difícil. Mas, diante das dificuldades do presente, caberá ao  dirigente de fundo de pensão mais do que nunca exercitar a sua vocação  de construtor do futuro, a sua extraordinária capacidade de tomar  decisões sem perder de vista as circunstâncias do momento, mas sempre  tendo como balizador principal o longo prazo. Afinal, horizontes dilatados  de tempo são imprescindíveis na estratégia de quem administra ativos  capazes de fazer frente a passivos que serão cobrados daqui a três,  quatro ou cinco décadas. Portanto, mãos à obra e arregacemos as  mangas administrando os próximos 12 meses com as atenções voltadas  para um 2009 que se apregoa o ano do resgate de um amanhã que será  tão bom quanto a nossa capacidade de produzir novas realidades.

Se o compromisso que temos é o de não nos deixarmos abalar, ficando com o pensamento firme no longo prazo, nada melhor do que  continuarmos a plantar as sementes que já proporcionam hoje o  crescimento mais acelerado do sistema e seguramente vão assegurar a  continuidade desses bons resultados ao longo dos próximos anos. Com  esse pensamento, estou convencido de que os dirigentes de fundos  devem, sem esquecer as duras realidades que estaremos vivendo nos  próximos meses, se fixar na agenda de temas que, mesmo após os  muitos avanços legais e normativos dos últimos anos, ainda cabem ser  debatidos. Ora, o que está ficando bom em matéria de leis e normas pode ficar ainda melhor.

Antes de olharmos essa agenda de temas, no entanto, cabem dois  comentários. O primeiro é o de que, por conta de sua não dependência  dos resultados de curto prazo, da diversificação de seus investimentos e  da não exposição a riscos no exterior, os fundos de pensão brasileiros,  com sua visão de investidores de longo prazo, têm melhores condições  para se recuperar das variações negativas sofridas em seus patrimônios.  Lembrando sempre que as carteiras das EFPCs estão basicamente  aplicadas em títulos federais e a parcela investida em papéis  representativos de risco privado ainda é proporcionalmente pequena e,  além disso, está em sua maior parte associada a grandes bancos. O segundo comentário é para lembrar que o motor do crescimento do  sistema é atualmente uma modalidade, a previdência associativa, que de  certo modo depende menos das condições dadas às empresas para  operar como patrocinadoras. De algum modo, sindicatos, associações e  cooperativas têm um ritmo próprio que não deverá se alterar tanto. Bom  para os planos instituídos, que surgiram em 2003 e, em apenas cinco  anos, já alcançaram velocidade e altura invejáveis. Seus ativos  garantidores já ultrapassam os R$ 240 milhões, com mais de 160 planos  autorizados a funcionar.

Acima de tudo, reina a evidência de que pelo caminho da previdência  associativa, entre outros, há espaço para quadruplicar o tamanho do sistema. Essa certeza vem do fato comprovável de que existe em nosso País uma população economicamente ativa de 90,8 milhões de pessoas.

(Abrapp/JUSPREV)

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