O nível de educação financeira da população brasileira ainda é baixo, revela pesquisa realizada pelo Instituto Data Folha, após ouvir 1.809 pessoas em seis capitais brasileiras (Rio, São Paulo, Distrito Federal, Porto Alegre, Recife e Salvador).

O trabalho, realizado em 2008 para subsidiar a Estratégia Nacional de Educação Financeira, cujo propósito é ensinar estudantes e adultos a assumir decisões financeiras relevantes, como a contratação da aposentadoria complementar, escolha do tipo de investimento ou de modalidade de crédito mais em conta. Até aqui, os números não são animadores. De acordo com a pesquisa, só 31% dos brasileiros guardam dinheiro, de olho na aposentadoria, enquanto 44% investem dinheiro todo mês.

No caso de dívidas, também há estratégias incorretas, já que 30% dos brasileiros pagam apenas a parcela mínima do cartão de crédito, quando sua situação financeira aperta, ao passo que, entre brasileiros com menos de três anos de estudo, 47% deles preferem pagar um número maior de parcelas, sem ter uma clara noção dos juros  maiores embutidos. A Estratégia Nacional de Educação Financeira foi apresentada pela presidenta da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e atual presidente do Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef), Maria Helena Santana, nesta quarta-feira. Ela está de acordo os brasileiros têm pouca informação sobre finanças, exigindo um grande esforço para melhorar a educação financeira das pessoas. Além da CVM, fazem parte do Conef o Banco Central, o Ministério da Educação, o Ministério da Previdência Social, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), a Superintendência de Seguros Privados (Susep), além de instituições privadas, como a CMseg e Bolsa de Valores BM&F Bovespa.

(FENASEG)