Pesquisas afirmam que os jovens estão entre os mais endividados. Porém, a educação financeira para adolescentes pode ajudar a reverter esse problema. Damos algumas dicas de educação financeira para adolescentes e trazemos para vocês alguns resultados de pesquisas que falam sobre endividamento dos jovens.
Consêquencias da falta de organização e da inexperiência no trato com seu dinheiro e contas.
Os impulsos consumistas e a facilidade em obter crédito fazem com que cresça o número de jovens brasileiros endividados. O resultado da pesquisa divulgada recentemente pela TeleCheque mostra que o índice de inadimplência entre os consumidores com até 20 anos aumentou 6% em relação ao mesmo período de 2010.
A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) também realizou uma pesquisa que mostra a liderança dos jovens na lista de inadimplentes no comércio de São Paulo. Jovens com menos de 35 anos são 67% dos devedores. O maior número de devedores está na faixa etária de 26 a 30 anos. Já os jovens entre 20 e 25 anos representam 17% dos devedores e os com menos de 20 anos, 3%.
A falta de educação financeira é a causa deste problema. “É importante estabelecer uma relação saudável com as finanças desde cedo, porque, afinal, vivemos em uma sociedade capitalista, na qual o dinheiro é um meio para a realização pessoal. Com orientação, os jovens podem curtir o presente e, já nos primeiros ganhos, começar a planejar e construir o futuro com segurança para ter a certeza de uma vida melhor”, diz Reinaldo Domingos, educador financeiro e autor do livro “Ter Dinheiro Não tem Segredo”.
O objetivo de Domingos é mostrar que não há segredo para ter dinheiro, desde que se aprenda a tomar as decisões certas. O livro estimula novos comportamentos relacionados a escolhas, senso de prioridade, planejamento, qualidade de vida e, o mais importante, realização pessoal. Vamos ver algumas dicas:
1. Saiba exatamente quanto ganha por mês – mesada, salário, bolsa de estudo etc.
2. Liste todas as coisas com que costuma gastar: transporte, lanche na escola, maquiagem, acessórios, cinema, roupas e sapatos, balada, guloseimas, cursos, ajuda em casa tudo, tudo.
3. Durante um mês, diariamente, anote cada centavo que gastou com cada uma dessas coisas. Isso vai ajudar você a perceber com o que gasta mais e menos e que tipo de gasto anda exagerando.
4. Pense nos seus três principais desejos que dependem de dinheiro sendo um deles para realizar daqui um ano, outro até 10 anos e outro para mais de 10 anos.
5. Investigue quanto custa cada um deles. E quanto teria de guardar de dinheiro por mês para realizá-los no prazo desejado.
6. Com essas informações liste: quanto ganha. Subtraia desse total o valor mensal de cada sonho. O que sobrar, é o dinheiro que você tem para gastar com as demais coisas. Esse será o seu limite mensal, o que significa que terá de fazer escolhas. Escolher a balada mais interessante, repensar se aquele jeans é realmente necessário, se não dá para esperar um pouco mais para trocar o celular. Evite a dor de cabeça de não poder pagar, de ter que pedir emprestado e ainda pagar mais caro por causa dos juros que isso gera. Pense nisso
7. Crediário – cuidado, mesmo que venha fazer parcelamento de alguma compra – seja no cartão, no cheque, boleto bancário, cartões de lojas – tem de ficar atento se a parcela vai caber no bolso durante todo o tempo do parcelamento. E lembre-se: toda parcela tem juros. Paga mais caro, quem compra a prazo.
8. O bom de seguir esses passos é o prazer que sentirá no dia que perceber que juntou o dinheiro para realizar o primeiro de seus sonhos e chegar na loja cheio de orgulho de poder pagar à vista, com desconto . Essa satisfação é que dá sentido ao uso do dinheiro.
(Terra)
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