Os empréstimos de bancos aumentaram suas taxas de 73,52% ao ano (4,70% ao mês) para 74,52% ao ano (4,75% ao mês), enquanto os das financeiras foram de 195,20% ao ano (9,44% ao mês) para 196,50% ao ano (9,48% ao mês).
O crediário de loja também foi analisado. Dos doze tipos de comércio pesquisados, todos elevaram suas taxas de juros no mês.
Crédito escasso
No último mês de 2010, o Banco Central ampliou a fatia dos depósitos compulsórios (a grana que os bancos são obrigados a deixar nos cofres do BC), o que foi visto como uma forma de tirar dinheiro de circulação. Foram tirados de circulação mais de R$ 70 bilhões, segundo a Anefac.
Na mesma ocasião, o BC aumentou a exigência de capital para operação de crédito a pessoas físicas com prazos superiores a 24 meses. Isso forçou os bancos a ficarem mais restritivos com o crédito para a compra do carro novo, por exemplo.
Em janeiro, março e abril, a taxa básica de juros aumentou, o que encareceu o dinheiro. Em abril, o governo aumentou a mordida do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de empréstimos longos para o consumidor.
Tudo isso tem um motivo principal por trás: o controle da inflação. A ideia é deixar o crédito mais caro para esfriar o consumo e baixar um pouco os preços. Nos últimos 12 meses (entre junho de 2010 e maio), o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), usado como parâmetro da inflação do governo, ficou em 6,55% – acima da margem de segurança de 6,50% para a inflação.
Na pesquisa, a Anefac ainda considera os juros para as empresas. Das três linhas de crédito pesquisadas (capital de giro, desconto de duplicatas e conta garantida), todas aumentaram.
A taxa de juros média geral para pessoa jurídica passou de 3,96% ao mês (59,37% ao ano) em abril/2011, para 4,03% ao mês (60,66% ao ano). Atualmente, esta é a maior taxa de juros média desde junho de 2009.
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