Na previdência privada, tão importante quanto as contribuições que você deposita mensalmente são os aportes esporádicos, também conhecidos como aportes adicionais, feitos ao plano.
Através dos aportes esporádicos você tem condições de manter uma contribuição mensal que “caiba” em seu orçamento, além de reforçar a reserva previdenciária sempre que existir uma sobra no caixa ou surgir algum recurso adicional: uma herança, 13º salário, FGTS na troca de emprego, um trabalho extra que você realizou, etc.
Os aportes esporádicos protegem sua meta de aposentadoria contra riscos como rentabilidades menores, consequência das quedas nas taxas de juros que têm ocorrido.
Eles permitem que você vá “calibrando” o seu plano ao longo do tempo para que, quando for se aposentar, seu benefício seja o mais próximo possível daquele que planejou ou mesmo maior para atender à melhora de seu padrão de vida, que é a tendência ao longo de sua ascensão profissional.
Adicionalmente, a elevação da expectativa de vida além da esperada e a perspectiva de passar um período maior como aposentado exigem uma reserva maior.
Os aportes esporádicos “engordam” sua reserva previdenciária. Quanto mais você contribuir, mais rendimentos receberá sobre os valores depositados. Quanto antes fizer os aportes, mais tempo eles ficarão investidos e rendendo. Isso significa que uma boa parte da sua reserva virá dos juros e não do seu bolso.
Veja este exemplo:
Se durante 30 anos você depositou R$ 200,00 por mês em seu plano de previdência com rentabilidade de 6% ao ano, terá, no final deste período uma reserva previdenciária de R$ 195.000,00. Mas se logo ao contratar o plano fez um aporte inicial de R$ 36.000,00 e passou a contribuir com R$ 100,00 por mês, depois de 30 anos terá R$ 305.000,00, apesar de ter contribuído com os mesmos R$ 72.000,00. Ou seja, uma reserva 55% maior por conta dos juros recebidos.
Por fim, aporte adicional não é despesa, mas investimento que reverterá em aumento de sua reserva e garantirá o nível de renda planejado na velhice.