MERCADO EXTERNO
EUROPA: As bolsas européias operam em alta nesta terça-feira. O mercado de ações de Londres avança 1,0%, Paris, 0,8%, e Frankfurt sobe 0,9%. O euro registra alta e é cotado acima de US$ 1,37. As commodities também apresentam ganhos e dão força às ações das empresas do setor minerador. Entre os números conhecidos nesta manhã, destaque para o avanço do índice PMI de atividade industrial da Zona do Euro, que subiu de 57,1 em dezembro para 57,3 em janeiro, atingindo seu maior nível nos últimos 9 meses. Também foi divulgada a taxa de desemprego da Zona do Euro do mês de dezembro, que permaneceu em 10%.
EUA: Os principais índices do mercado de ações dos EUA encerraram a sessão de ontem em alta, com os investidores reagindo a alguns balanços corporativos e aos indicadores de atividade econômica. O Dow Jones avançou 0,58%, o S&P-500, 0,77%, e o Nasdaq subiu 0,49%. Com estes resultados, os índices acumularam ganhos em janeiro (Dow ,7%; Nasdaq ,8%; S&P-500 ,3%). Os principais destaques da sessão de ontem foram as ações das empresas petrolíferas. Além do aumento das tensões no Egito, importante ponto de escoamento da produção de petróleo, o bom resultado divulgado pela Exxon Móbil relativo ao 4º trimestre de 2010 também deu força às ações do setor. Exxon subiu 2,1% e Chevron avançou 1,7%. O preço do barril de petróleo encerrou o dia cotado a US$ 92,2, elevação de 3,2%. Entre os números de atividade conhecidos ontem, destaque para o aumento de 0,7% dos gastos dos consumidores em dezembro e para a alta de 0,4% da renda pessoal neste mesmo período. Por fim, o índice de atividade industrial de Chicago apresentou alta no mês de janeiro. Nesta quinta-feira estão previstos os seguintes indicadores: 13hs – Gastos com construção (prev. 0,1% em dezembro); 13hs – Índice ISM de manufatura (prev. 58,0 pontos em janeiro).
MERCADO INTERNO
CÂMBIO: Apesar das diferentes modalidades de intervenção do Banco Central, o dólar voltou a cair na sessão de ontem e praticamente devolveu os ganhos acumulados na semana passada. A taxa comercial da moeda norte-americana encerrou a segunda-feira negociada a R$ 1,674 nas operações de venda, uma desvalorização de 0,65% em comparação ao fechamento da véspera. Durante a sessão, o BC fez seus dois tradicionais leilões de compra de dólares no mercado à vista e, cumprindo o anunciado na semana passada, realizou três leilões a termo para diferentes vencimentos (todos para o mês de fevereiro). A sessão de ontem também foi marcada pela briga entre comprados e vendidos para a formação da ptax do fechamento do mês de janeiro, usada para a liquidação dos contratos da BM&F. O preço ficou em R$ 1,6734.
BOLSA DE VALORES: A bolsa de valores de São Paulo voltou a apresentar perdas na sessão de ontem e renovou sua pontuação mínima do ano de 2011. O Ibovespa recuou 0,18% e encerrou o último pregão do mês de janeiro aos 66.575 pontos. O volume financeiro negociado foi de R$ 6,6 bilhões. Com este resultado, o índice passou a apresentar queda de 3,96% no ano de 2011. A sessão foi mais uma vez marcada por elevada volatilidade e o Ibovespa chegou a operar em alta durante parte do dia, em linha com o desempenho das bolsas dos EUA. No entanto acabou pesando mais uma vez o mau desempenho das ações das empresas do setor financeiro, de construção civil e de algumas varejistas, com os investidores considerando a possibilidade de uma alta mais forte da Selic como medida de contenção da aceleração inflacionária. O expressivo lucro líquido de R$ 10 bilhões do Bradesco no ano de 2010 não foi suficiente para evitar uma nova rodada de vendas. As ações PN do banco caíram 1,5%. Itaú Unibanco PN recuou 1,9% e Banco do Brasil ON, 2%. Na outra ponta, Petrobras e empresas siderúrgicas registraram ganhos. Petrobras PN subiu 1,6%, valendo-se da aceleração dos preços do petróleo no exterior. Usiminas PNA disparou 3,9% após a veiculação da notícia de venda da siderúrgica argentina Ternium.
Carlos Acquisti
Economista