“O dia das crianças é uma boa data para que pais e filhos aprendam a consumir melhor”, afirma Carlos Eduardo Batalha, gestor da Escola de Educação Financeira. “Apesar da felicidade dos filhos não ter preço, os brinquedos têm”, explica. Os pais precisam ter cuidado para não adquirirem um presente além do que as suas condições financeiras permitem. Os “games” de última geração, telefones celulares ou “roupas de marca”, acabam comprometendo o orçamento da família.
Carlos Eduardo Batalha lembra que dizer “não”, muita vezes, pode educar mais do que dizer “sim” e que estabelecer limites também é essencial para que os filhos tenham uma relação saudável com o dinheiro. Embora o maior acesso à informação, hoje, seja por meio da internet e das redes sociais, cabe aos pais estimular os filhos a economizar, antecipando também a educação financeira dos pequenos consumidores.
“A negociação é sempre a base da relação de amizade”, diz. O diálogo desde cedo é a melhor forma para mostrar aos filhos que existem outros gastos prioritários relativos à habitação, alimentação, saúde e educação, por exemplo.
“Mesmo que existam condições financeiras favoráveis para a compra do presente, questione e proponha alternativas. Ajude-o a fazer uma pesquisa de preços. Explique que agora, nesse dia das crianças, existe um valor máximo que você poderia desembolsar para comprar o presente. Então, caso o presente que ele deseja seja de valor mais alto que o disponível no momento, ele poderá optar por criar uma poupança para uma compra futura daquele presente que ele deseja”, explica.
Batalha explica que os pais devem ser educados financeiramente, pois são como espelhos para seus filhos. Eles precisam ser o exemplo do que ensinam para as crianças. Desse modo, antes de ditar uma série de regras e proibições para as crianças, os pais precisam primeiro organizar a própria vida financeira, prezando não apenas pela saúde do orçamento familiar, mas também pela relação saudável de todos os membros da família, inclusive das crianças, com o dinheiro e o consumo.
Fonte: Escola de Educação Financeira