Consultor orienta o consumidor a fazer o teste
As pessoas realmente sabem qual a sua atual situação financeira? O que representa estar endividado, equilibrado financeiramente, ou ser um investidor?
Com o objetivo de impactar, o especialista no assunto, Reinaldo Domingos, propõe que as pessoas façam um teste para diagnosticar a saúde do seu orçamento. “Qualquer abordagem, em qualquer área, passa por um diagnóstico. A pessoa vai se descobrir, saber mais sobre a sua situação”, diz Domingos.
Se o indivíduo está na parcela dos endividados, o consultor diz que o teste serve para saber que precisa resolver a situação. “Esta pessoa tem que parar de combater o efeito e sim a causa”, alerta. Tomar consciência é positivo, para o endividado começar a negociação das dívidas e assumir, novamente, o controle da vida financeira dele.
PLANEJAR
Se um consumidor faz qualquer uso de crédito, ele também está endividado. Porém, Erasmo Vieira, consultor financeiro pessoal, diferencia os devedores em dois tipos. Há o endividado consciente, aquele que comprou o carro em 24 prestações, mas previu este gasto no orçamento, o que não configura um problema.
Mas há também o endividado que gastou no cheque especial, entrou nos juros rotativos do cartão de crédito e a luz de alerta já está bem acesa. “As pessoas falam que o salário não dá para nada. Mas elas gastaram antes de receber e grande parte começa a ser corroída por juros”, acrescenta Vieira. O consultor financeiro exemplifica que, se um consumidor faz uma dívida de R$ 200 por dois anos, com uma renda mensal de R$ 2 mil, ele tem que considerar que seu salário será de R$ 1.800 por dois anos. “Tem que se planejar a uma nova realidade”, adverte.
Conforto
Já quando a pessoa está equilibrada financeiramente, Vieira acredita que se está a um passo para se tornar um investidor. A palavra de ordem neste caso é o objetivo traçado, “o que motiva” a pessoa.
Esta situação também pode ser perigosa, porque se a pessoa tiver qualquer despesa extra urgente, já pode cair no endividamento, e não é raro acontecer.
Domingos tem uma visão diferente sobre esta categoria. Ele acredita que esta é a fase mais complicada, porque a pessoa está em uma zona de conforto e, talvez, não queira mudar. “O equilibrado não guarda dinheiro, mas também não tem dívidas. Mas ele vai ser um endividado no futuro, se ocorrer qualquer eventualidade”, adverte.
O último perfil, ser um investidor, tem como ponto central a dica do consultor Vieira: tem que ter um objetivo. “Se a pessoa consegue guardar 10% do salário, já é uma grande economia”, aconselha Vieira.
Domingos também reforça que não há um salário estipulado para que as pessoas tenham disciplina com o orçamento. “Todas as pessoas devem administrar seu dinheiro, para manter um padrão de vida”, declara.
Fonte: Correio 24 horas