A educação financeira é um dos pontos essenciais para uma economia fortalecida, segundo análise do diretor do BC (Banco Central do Brasil), Altamir Lopes, que participou, na última sexta-feira (30), do Cmep (Congresso Brasileiro de Meios Eletrônicos e de Pagamentos), organizado pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços).
“O tripé da sustentação econômica está na inclusão financeira, na proteção ao consumidor e na educação financeira”, disse.
Na opinião de Lopes, quanto maior a educação financeira, melhor é a compreensão dos produtos financeiros e de seus riscos, o que proporciona escolhas mais conscientes, gerenciamento do orçamento e planejamento do futuro e familiar.
“Indivíduos mais bem informados fazem escolhas mais conscientes, resultando em uma sociedade economicamente forte”.
Avanços
De modo geral, a educação financeira se tornou importante para o atual cenário do Brasil, tendo evoluído, segundo Lopes, após 1994, com o controle inflacionário, o desenvolvimento do crédito, entre outros fatos.
Apesar disso, lembra, ainda há o que evoluir, especialmente na educação financeira voltada para adultos, por conta da mobilidade social.
EUA
Também presente no evento, a especialista em finanças pessoais, a norte-americana Dora Duguay, ressalta a importância da educação financeira, sobretudo para prevenir ou passar por momentos de crise.
Dora contou que nos Estados Unidos há a tentativa do governo de incluir o tema nas escolas, com metade dos estados daquele país oferecendo o programa. Contudo, diz ela, a maior parte dos alunos não tem a disciplina.
No Brasil, lembra Lopes, iniciativas para incluir a educação financeira nas escolas já existem, como um projeto piloto desenvolvido em escolas públicas no ano passado.
(UOL Economia)