O planejamento familiar é uma necessidade, principalmente, em tempos de poucos recursos. Um levantamento realizado pelo Banco Central apontou, recentemente, que cerca de 70 milhões de brasileiros estão com suas contas no negativo. Em outra pesquisa, realizada pelo SPC Brasil, descobriu que apenas 39% da população consegue poupar racionalmente algum valor.
“Quem não se planeja é um ator de sua vida e não o autor e logo pode fazer o papel de endividado”, destaca Altemir Farinhas, consultor de Economia Familiar, da Associação dos Fundos de Pensão do Paraná (Previpar). Segundo ele, o planejamento familiar é uma forma de mapear, para deixar mais fácil, a administração das contas e saber onde se gasta, desta forma, criando condições para sair do vermelho e pensar no futuro.
Para Farinhas, aquele que detém o controle financeiro evita prejuízos e cria as condições para formar uma reserva. “Muitos se aventuram a determinar um percentual, um número mágico, mas eu recomendo que todos devem começar a poupar, não importando o quanto”, ensina. “Ao controlar suas finanças, ninguém melhor do que você mesmo para determinar metas”, reforça.
De acordo com o especialista, a vida é repleta de decisões e algumas que nos impactam em curto prazo e outras em longo prazo. “Para aqueles que não conseguem poupar, o ideal é fazer uma poupança forçada. Um modelo interessante é autorizar o débito em conta para um plano de previdência complementar”, afirma. “Imagine na velhice se você tivesse poupado 10% de tudo o que já ganhou?”, indaga.
Longo prazo – Farinhas vai adiante e traz a seguinte problematização: “Como você está se planejando para a aposentadoria? O tempo passa rápido e, devido à imprudência, o futuro aposentado descobre, tardiamente, que a tão sonhada aposentadoria pode até não acontecer, pois, nessa fase, ou melhor, aposentar-se bem quer dizer manter as mesmas condições financeiras”, afirma.
O especialista alerta para o senso comum de que as despesas irão diminuir na aposentadoria, mas, a verdade, é que elas apenas mudam de categoria. Segundo ele, o importante, enquanto há tempo, é se perguntar o que a pessoa se imagina fazendo no futuro: “Onde e como quer viver o resto de sua vida? Como prefere viver? E quanto vai custar tudo isso?”, pondera.
Questionado sobre como devemos cuidar da nossa aposentadoria e dos investimentos que podemos fazer para ter um futuro mais tranquilo, Farinhas aposta nos exemplos do cotidiano. “Quando falamos em saúde não brincamos, procuramos logo um especialista”, brinca. Para ele, os investimentos devem seguir a mesma regra. “Investir requer a mesma preocupação e você até pode escolher algumas alternativas como pesquisar e estudar, o que toma tempo, ou escolher um bom plano de previdência complementar e delegar a gestão”, explica.
“Ao optar por uma equipe de profissionais com tempo e ferramentas certas para escolher as melhores alternativas de investimento, você não joga com a sorte”, argumenta Farinhas. “O melhor investimento é aquele que não te tira o sono e não gera dúvidas dos rendimentos”, finaliza.
(fonte: http://www.paranashop.com.br)