A população com mais de 60 anos vai triplicar nos próximos quarenta anos no Brasil. O IBGE prevê que serão 60 milhões em 2050 contra os quase 20 milhões atuais. A previsão é de um aumento da fila de trabalhadores que vão requerer aposentadoria no INSS. O resultado é um gasto crescente para a previdência. Já pensando nisso o governo federal estuda adotar idade mínima para aposentadoria integral.
Atualmente é preciso pelo menos 35 anos de contribuição para homens e 30 para mulheres. Com a proposta valeria a idade mínima: 65 anos para homens e 60 para mulheres e não afetaria quem já está no mercado de trabalho. Na França, o limite aumentou no ano passado de 60 para 62 anos, mesma idade já adotada nos Estados Unidos. Na Alemanha, na Espanha e no Japão, a idade mínima é de 65 anos.
O governo quer frear o déficit da previdência, que deve ultrapassar os R$ 42 bilhões até o final deste ano.
A última grande mudança do INSS no setor privado foi em 99, para desencorajar aposentadorias precoces. É o chamado fator previdenciário, uma fórmula que segundo as centrais sindicais, obriga o brasileiro a trabalhar mais para conseguir o benefício. A extinção gradual do fator seria a moeda de troca do governo para aprovar no Congresso a idade mínima.
(Jornal da Band)