Não há nada de errado em sonhar com uma aposentadoria tranquila, com muita sombra, água fresca e tempo de sobra para fazer o que sempre quis. Tirar férias ilimitadas, passar mais tempo com a família, relaxar, trabalhar somente por prazer, e ainda melhor, ser financeiramente independente. Parece até sonho, mas não é. Algumas pessoas conseguem viabilizar todos esses projetos e o segredo é um só: planejamento financeiro.
“A chave da independência financeira é planejar os gastos, para conseguir poupar mais recursos hoje, quando somos mais produtivos. Assim, amanhã, quando nossa produtividade estiver reduzida, teremos mais segurança”, defende o economista e educador financeiro Antônio Teodoro.
A fórmula do sucesso
Para o economista, a receita da tão sonhada independência financeira é poupar mais e, na aposentadoria, continuar investindo, mesmo sem trabalhar. “O correto é calcular uma reserva financeira capaz de gerar rendimentos mensais equivalentes ao dobro do que você recebe atualmente. Por exemplo: se a sua renda atual é de R$ 2.000, deve-se buscar um patrimônio ou um rendimento que gere R$ 4.000 na aposentadoria. Destes R$ 4.000, você só deve gastar 50% e os outros 50%, reinvestir”, indica Teodoro.
Para chegar a esse montante, além de começar cedo, é preciso também reservar ao menos 30% da renda atual para investimentos, incluindo a previdência privada complementar.
É preciso ter foco
“Se a aposentadoria não for encarada como um sonho, o fato de guardar dinheiro pensando nessa fase da vida se tornará um martírio, com grandes chances de desistência no meio do caminho”, alerta o presidente da DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos.
Segundo os especialistas, não se trata de sacrificar o presente para conquistar os sonhos futuros mas, sim, de fazer uma avaliação de médio e longo prazos e, com base nisso, pensar numa reavaliação e na readequação de alguns hábitos financeiros. “Nunca sacrificamos o presente em prol do futuro. Em muitos casos, até adiamos a compra de alguns itens. Mas trata-se de uma atitude de prevenção e não de sacrifício”, pondera Teodoro.
“Da mesma forma que procuramos um médico para identificar possíveis problemas de saúde e apresentar opções preventivas que nos permitam desfrutar de uma boa qualidade de vida, sugiro que, ao pensar em qualidade de vida financeira, utilizemos o mesmo critério. Vale a pena buscar informação e até profissionais que poderão identificar e corrigir erros de comportamento, além de ajudar a conquistar os objetivos traçados, incluindo o da independência financeira na aposentadoria”, finaliza Paulo Pereira, educador financeiro da DSOP Educação Financeira.
Fonte: Portal Futuro em Dia