Quanto dar de mesada para os filhos? Consultora dá dicas

abr 1, 2011 | Notícias

A mesada é uma forma de educar as crianças para o futuro financeiro. É importante, mas não é fundamental
Quase tudo o que cerca a mesada exige muita conversa e informação. É o caso da quantia a ser dada. Em primeiro lugar é necessário esclarecer o seguinte: mesada é só uma maneira de se educar os filhos para lidar com dinheiro. Existem muitas outras. É importante dizer isto para que pais possam estabelecer critérios para o valor dado, bem como utilizar este instrumento como forma de educação.

Como regra geral, dos 3 aos 11 anos de idade a criança está preparada apenas para receber semanadas. Para essa faixa etária a noção de tempo não comporta mais que o curto prazo. Por essa razão o dinheiro deve ser distribuído em pequenos intervalos. A partir dos 11 anos já é possível instituir a mesada.

Para crianças entre 3 e 5 anos a função da semanada é habituá-las a esperar para receber e gastar dinheiro. Fixando um dia certo para o pagamento e cuidando de mantê-lo sempre o mesmo, se estará dando à criança instrumentos para lidar com sentimentos difíceis como ansiedade e impulsividade. Para essa faixa etária uma cédula de R$1,00, ou moedas de valor equivalente por semana, será suficiente.

Dos 6 aos 11 anos gosto de sugerir um cálculo bastante simples: 1 real, por idade, por semana. Para ensinar a gastar e a poupar, é importante estimular a criança a encontrar objetivos plausíveis, de curto prazo, para parte do dinheiro que está recebendo.

A partir dos 12 anos o pré- adolescente possui maturidade suficiente para receber mesadas. Para essa faixa etária o cálculo indicado acima sofre ajustes.

Dos 12 aos 14 anos, basta multiplicar a idade por 8 reais. Dos 15 aos 18, multiplica-se a idade por R$12.

Vale reforçar que a mesada é um instrumento valioso para a educação financeira. Mas não é fundamental. Se o orçamento familiar não comportar gastos desta natureza, os pais não devem se preocupar. Existem dezenas de outras maneiras de se educar as crianças para lidar com dinheiro.

*Por Cássia D’Aquino, especialista em educação financeira.


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