Vinte dicas para economizar na compra do material escolar

jan 9, 2012 | Notícias

Especialistas mostram como transformar essa tarefa de início de ano em um gostoso – e não tão caro – programa familiar

Comprar material escolar para os filhos não costuma ser um motivo de alegrias. Além de ser um sinal de que as férias estão acabando, o gasto muitas vezes pode gerar um rombo no orçamento familiar, sem contar o tempo necessário para pesquisar preços e ir até as lojas para fazer as compras.

Mas nada disso precisa ser um martírio. Especialistas do Procon-SP e da DSOP Educação Financeira dão 20 dicas para economizar e transformar o compromisso escolar em um gostoso programa familiar.

Antes de sair às compras

1) Faça uma caça aos materiais espalhados pela casa. Chame seus filhos para uma brincadeira, em casa mesmo, em que devem fazer uma caça a materiais que sobraram dos anos anteriores. “Vejam gavetas, armários, escrivaninhas e bolsas e procurem por itens que podem ser aproveitados,” diz Reinaldo Domingos, educador financeiro da DSOP.

Faça deste dia uma oportunidade de começar a inserir a educação financeira em sua casa. Para animar as crianças, personalize os materiais velhos para que sejam reutilizados de uma forma que agrade à criança. “Faça um ‘caderno da família’, por exemplo, com as folhas que sobraram de vários outros. Imprima uma foto do gosto de seu filho, cole na capa e plastifique. É uma forma de ensinar a criança a não desperdiçar,” diz Domingos.

2) Estabeleça prioridades financeiras que venham antes do material escolar. No mesmo dia, ou assim que possível, reúna toda a família e liste os sonhos que todos querem conquistar durante o ano.Juntos, vejam quanto custará realizar cada um deles e mostre para as crianças que a economia com o material escolar pode ajudar na busca pelos sonhos.  “Se querem viajar, comprar um computador, uma bola, um Ipad, digam para a criança que uma parte será tirada do material. O ideal é que o sonho seja a prioridade delas,” afirma Domingos. Ainda que as duas dicas acima possam tomar um ou dois dias, “um dos segredos da compra bem sucedida é ter tempo,” diz.

3) Ligue para outros pais e faça uma compra coletiva no atacado. Entre em contato, por telefone ou e-mail, com os pais de colegas se seus filhos. Se comprarem juntos, podem conseguir bons descontos. Há lojas que reduzem o valor total em 10% quando a soma passa de R$ 1 mil, por exemplo. Elejam um pai ou uma mãe com mais tempo livre – e que possa fazer isso com prazer – para ir à loja escolher os itens.

4) Peça emprestado. Procure pais de crianças mais velhas, que possam emprestar seus livros usados ao seu filho. “Isso pode gerar uma economia brutal. Se conseguir cinco livros, de uma lista de 10, já será cerca de 50% de economia. Além disso, será uma oportunidade para você ensinar sua criança a cuidar do material do outro, no caso, o amiguinho,” diz o educador da DSOP.

Além disso, muitas escolas fazem troca de materiais em boas condições entre pais com filhos em idade escolar diferente.

5) Procure livros em sebos. Responsáveis pelos altos valores das listas escolares, os livros podem também ser adquiridos em sebos, a preços mais baixos.

6) Negocie com a escola. Muitas vezes não é preciso comprar todos os itens da lista de uma só vez, já que diversos materiais serão usados ao longo do ano letivo. Caso exista essa possibilidade, verifique quais produtos deverão ser comprados primeiro. “Os preços dos materiais escolares tendem a cair no período pós-volta às aulas, então vale a pena considerar essa possibilidade”, afirma Odahyr dos Santos Junior, diretor interino do Procon de Jacareí (São Paulo).

A sugestão de Domingos é de comprar apenas 50% ou um terço do que está na lista neste momento. “Ao invés de comprar o pacote de 500 folhas sulfite, compre o de 100, que já dá condições de seu filho começar a estudar.”

7) Avalie a possibilidade de comprar pela internet. O último passo antes de ir para as lojas é avaliar sua real situação financeira. Se a família tem reservas, o melhor é comprar à vista, na loja, para tentar um desconto extra conversando com o vendedor e com o gerente. Se o orçamento estiver apertado, o parcelamento sem juros é a opção mais apropriada. Neste caso, pode ser mais interessante comprar pela internet, já que há empresas que vendem livros e materiais com desconto em suas lojas virtuais. Além disso, comprando online é possível economizar tempo e com estacionamento e combustível.

8) Deixe seu filho em casa. O grande movimento das lojas pode não ser um lugar apropriado para crianças e sua presença geralmente acaba levando os pais a optarem por produtos mais caros e por vezes desnecessários.

9) Planeje em quais lojas você irá. Pesquise na internet onde há mais de um comércio e não vá em bairros de classes muito altas. “Estabeleça pelo menos três lojas para ir e busque regiões com muitas delas. Onde tem concorrência, tem preço baixo,” diz Domingos.

Veja também se é mais interessante ir de transporte público, tendo que carregar o material, de carro, com o custo do estacionamento, ou táxi.

10) Verifique se a loja aproveita seu material usado. Procure saber se a loja que você escolheu tem promoções para quem levar materiais velhos, mas que não foram usados. Algumas delas dão descontos para o cliente que leva folhas em branco de cadernos usados, por exemplo.

Na hora das compras

11) Compare os preços dos materiais. Faça uma pesquisa nos principais comércios (bairro e região), já que as variações podem ser bem expressivas entre uma loja e outra. Dentro da loja, tenha paciência para encontrar os itens que valem a pena. “Os preços podem variar de 10% a 500% em uma mesma loja,” diz Domingos, da DSOP.

12) Crie um relacionamento com o vendedor. Assim que entrar na loja, procure um vendedor e saiba o nome dele. Se não tiver escrito no crachá, pergunte. Seja educado e amigável. “Ao criar uma boa relação com quem está te atendendo, terá mais chance de encontrar os melhores produtos, com os melhores preços,” diz Domingos. Como os preços variam muito, diga ao vendedor que está em uma situação de economia e peça ajuda para encontrar os itens com melhor relação custo-benefício.

13) Tenha em mente que marca não é tudo. Produtos de marcas desconhecidas podem ter boa qualidade e um preço mais acessível. Por isso, não compre os materiais levando em conta apenas a “grife”. Verifique a relação custo-benefício antes de tomar a decisão final.

14) Busque a melhor forma de pagamento. Descontos podem ser obtidos nos pagamentos à vista, então negocie. A opção de pagar com cartão de crédito pode ser usada para obter uma extensão do prazo.
15) Tome cuidado com as “falsas” promoções. Alguns estabelecimentos “mascaram” descontos e repassam o valor para outros produtos. Isso faz com que não haja benefício concreto no final.

16) Compre apenas o necessário. Escolas não podem pedir itens de uso coletivo em suas listas, como papel higiênico, sabonete, grampos e clipes. Também não é permitido que exijam a compra de marcas e modelos de material em estabelecimentos específicos aos pais.

17) Não peça desconto no caixa. “Ali, você já está pagando, então o funcionário do caixa provavelmente não te dará desconto,” diz Domingos, da DSOP. Pechince antes, com o vendedor e com o gerente.
Após as compras

18) Cuidado com o desperdício. Ao chegar em casa, mostre todo o material ao filho, mas entre os itens que ficam com ele, não dê tudo de uma só vez, caso você considere que ele não saberá administrar os materiais. Assim as chances de desperdício são menores.

19) Faça um estoque de materiais durante o ano. Os preços costumam cair após a volta às aulas. Se possível, aproveite a temporada de promoções e compre lápis, cadernos, borrachas e outros tipos de materiais que estão sempre na lista e guarde para o ano seguinte.

20) Poupe para comprar à vista no ano seguinte. Tente aplicar uma quantia na poupança, todos os meses, para as compras do ano seguinte. Assim, poderá conseguir descontos.

(IG)

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